Cena 1 – Rua de São Paulo.
Marcão
puxa o braço de Renata, e joga ela dentro do carro.
Renata
– Victor, socorro! Não!
Victor
– Renata!
Marcão
e Matheus entram carro e saem em alta velocidade, cantando pneu.
Victor
tenta correr atrás.
Victor
– (gritando/chorando) Renata! Não! Renata!Espera!
Victor
tropeça a cai.
Victor
– Droga! Eu tenho que ligar pra policia! Socorro! Policia!
Cena 2 – Casa Gloria.
Marcos
– Mas porque você está me pedindo perdão?
Joana
– Por tudo meu amor, por eu ter te ofendido e não ter acreditado em você, me
perdoa, eu estou aqui, me humilhando pelo seu perdão.
Marcos
– Joana, você também não tem culpa, a culpa é daquela desgraçada da Isa, ela é
falsa, você precisa acreditar em mim!
Joana
– Eu sei.
Marcos
– Sabe? Mas como?
Joana
– Eu descobri que a Isa é mentirosa, falsa e manipuladora, foi ela que armou
aquela confusão lá no shopping.
Marcos
– Graças a Deus que você já sabe de tudo, fico mais tranquilo com você longe
daquela cobra!
Joana
– Você me perdoa amor? Me perdoa?
Marcos
– É claro, não precisava nem pedir, eu te amo Joana, nem sei o que seria de mim
sem você, não consigo nem imaginar minha vida sem você.
Joana
– Eu também meu amor, te amo.
Joana
e Marcos se beijam apaixonadamente.
Cena 3 – Favela
Ipiranga/Cativeiro.
Marcão
e Matheus chegam no cativeiro. Renata estava com um capus na cabeça. Marcão
maltrata Renata, que chora muito.
Renata
– Ai, ta me machucando! Para!
Marcão
– Mas é pra machucar mesmo sua fresca!
Matheus
– Coitada, não faz isso Marcão.
Marcão
– Cala a boca seu banana! Amarra ela ali!
Em
um passo, Barbara entra no cativeiro, toda de preto.
Barbara
– Pode deixar Marcão, eu vou ter o prazer de amarrar esse verme!
Cena 4 – Mansão Aquino.
Cacilda
se prepara para ir embora. Joana chega toda sorridente, cantando.
Joana
– Ué Cacilda, já vai?
Cacilda
– Já sim.
Joana
– Eu já sei de tudo, que a Joana é sua filha.
Cacilda
– Como assim já sabe? Ela que te contou? Graças a Deus minha filha me ouviu.
Joana
– Não, eu descobri sozinha, mas não se preocupe, a Isa pra mim é caso passado,
quero esquecer que um dia ela entrou na minha vida, mas me conta, cadê a mãe?
Cacilda
– Minha filha, ela saiu igual uma louca, com um vestido branco enorme! Não sei
onde foi, mas ela estava muito estranha, fiquei até com medo.
Joana
– Nossa, que estranho. Vou no quarto dela, talvez tenho alguma pista de onde
ela tenho ido.
Cacilda
– Vai sim minha filha, mas agora eu já vou, tchau.
Joana
– Tchau Cilda!
Joana
vai para o quarto de Angélica
Cena 5 – Delegacia.
Victor
chega desesperado.
Victor
– Preciso falar com o delegado Maciel.
Recepcionista
– Vou te anunciar.
Victor
– Não tem tempo pra isso cara, é urgente!
Victor
entra na sala do Delegado.
Del.
Maciel – Victor? Quanto tempo! Mas o que aconteceu, que cara é essa?
Victor
– Sequestraram minha filha delegado, eu tinha acabado de encontrar ela, e
tiraram ela de mim de novo.
Del.
Maciel – Mas como foi isso?
Victor
– Foi na Avenida Paulista, uns bandidos encapuzados, chegaram já anunciando o
sequestro, e levaram a Renata.
Del.
Maciel – Isso é muito sério, vou anunciar para fecharem as saídas de São Paulo,
fique calmo, vamos anunciar, se alguém tiver visto a Renata, vão ligar pra cá!
Cena 6 – Hospital.
A
cirurgia de Gloria já tinha terminado.
Dr.Renato
– Graças a Deus, tudo correu bem!
Gloria
– Hoje é o dia mais feliz da minha vida!
Dr.
Renato – Não vai contar para seus filhos? Agora que você está curada...
Gloria
– Não doutor, quero esquecer que um dia eu passei por essa doença, e nunca meus
filhos vão saber que um dia tive câncer. Quando eu tenho alta?
Dr.
Renato – Amanhã, mas você pode dar uma volta no hospital, é sempre bom
caminhar, mas sem muito esforço, é claro, pois você tem que se lembrar que
acabou de sair de uma cirurgia.
Gloria
– (risos) Claro doutor, fique tranquilo.
Cena 7 – Mansão Aquino.
Joana
entra no quarto de Angélica, e vê uma carta sobre a cama.
Joana
– Uma carta...escrita por minha mãe.
Joana
começa a ler a carta, e enquanto vai lendo, lagrimas saem dos seus olhos.
Joana
– (lendo) Filha, sei que nunca você irá
me perdoar, mas escrevo essa carta, como um sinal de arrependimento... Só quero
dizer que fui eu, eu que matei o Antonio, seu pai. Foi no momento da raiva de
descobrir que seu pai estava me traindo, e acabou acontecendo essa fatalidade,
realmente eu espero que você me perdoe... eu estou indo embora, para sempre, e
nunca mais nos veremos, por isso, te digo aqui que...Te amo.
Joana
– Então foi ela, como eu desconfiava, foi minha mãe que matou o meu pai, foi
minha mãe! Minha mãe é assassina!
Joana
começa a chorar descontroladamente, começa a quebrar tudo que vê pela frente,
jogando os vasos, os porta- retratos no chão.
Joana
– Assassina! Assassina!
Cena 8 – Hospital.
Gloria
andava pelos corredores do hospital, ate que passa por um quarto, e se assusta,
pois tinha alguém que ela conhecia.
Gloria
– Gente, será que é quem eu estou pensando?
Gloria
volta, entra no quarto, e fica aterrorizada.
Gloria
– Angélica! O que aconteceu com você?
Cena 9 – Favela Ipiranga/ Casa
Cacilda.
Cacilda
chega em casa, e Isa logo lhe dá um tapa.
Isa
– Mocreia! X-9! Você me dedurou pra lesma da Joana, sua falsa! E ainda diz ser
minha mãe!
Cacilda
– Imbecil! Ela descobriu sozinha, retardada! Você não tem o direito de tocar em
mim!
Isa
– Eu cansei de você, cansei de sua cara! Essa favela, essa vida de merda! Quero
que tudo se exploda, quero que você morra!
Nesse
momento Cacilda dá um tapa na cara de Isa que cai no chão sangrando.
Cacilda
– Fora da minha casa! Some da minha casa seu traste! Fora daqui!
Cacilda
pega as coisas de Isa e começa a jogar na rua.
Cacilda
– Fora da minha casa, e leva seus lixos também sua imunda! Some da minha vida,
porque minha filha você não é mais!
Cacilda
pega Isa pelo Braço, e joga na rua, Isa cai no chão.
Isa
– Eu te odeio, te odeio!
Cacilda
– Um dia, você ainda vai voltar pra mim, e vai pedir de joelhos o meu perdão,
sua ingrata!
Cacilda
fecha a porta e cai no choro.
Isa
vai embora chorando, sem destino.
Cena 10 – Delegacia.
Victor
não aguentava mais ficar sem noticias.
Del.Maciel
– Você tem que ficar calmo Victor, esses
casos de sequestro é assim mesmo, as vezes demoram dias!
Victor
– Não sei se vou aguentar!
O
telefone toca. Del. Maciel atende, seu semblante muda, Maciel desliga.
Del.
Maciel – Victor! Um anônimo, morador da Favela Ipiranga, disse que viu a Renata
sendo levada para um cativeiro, lá no auto do morro, vamos pra lá agora.
Victor
– Gloria a Deus, obrigado senhor!
Del.
Maciel – (grita) Vamos pessoal, vamos!
Cena 11 – Favela Ipiranga/
Cativeiro.
Renata
está toda amarrada, com uma amordaça na boca.
Barbara
– Matheus e Marcos, fora daqui, quero ficar com essa bastarda sozinha.
Matheus
e Marcos saem.
Barbara
arranca a amordaça da boca de Renata.
Renata
– O Victor tinha razão, você é louca! Como eu pude cair no seu truque! Como!
Barbara
– (grita/explode) Chega! Cala a boca, antes que eu quebre todos esses seus
dentes, sua animal!
Renata
– Você acha que eu tenho medo de você? Eu não tenho medo não!
Barbara
– Ah não? Vamos ver se agora você tem medo.
Barbara
dá um forte tapa na cara de Renata, e depois da outro.
Barbara
– Não ta com medo não sua imbessil? E Esse filhote de verme que ta dentro de
você? (colocando a arma na barriga de Renata) Se eu quiser, eu posso matar ele
aqui agora... o que acha?
Renata
– Por favor, não faz nada com meu filho, eu lhe imploro!
Barbara
– Chega! Sua voz é intolerante! Me dá nojo ouvir sua voz enjoada!
Nesse
momento Marcão e Matheus entram desesperado.
Marcão
– Sujou Barbara!
Matheus
– Deu merda, eu sabia! Deu merda!
Barbara
– Como assim?
Marcão
– A policia ta subindo morro, e não é pouco não, é um batalhão inteiro! Vamos
sair daqui! Corre!
Barbara
– Droga! Você é retardado cara! Você disse que ninguém da favela nos
denunciaria, porque você é quem comenda
aqui! Você não comanda porra nenhuma!
Nesse
momento a policia invade o Cativeiro.
Del.
Maciel – Ta todo mundo preso! Parado, todo mundo no chão!
Victor
– Renata, você está bem?
Renata
– Graças a Deus, eu pensei que ia morrer!
Marcão
vai para fugir, mas um policial atira, Marcão cai no chão ensanguentado.
Barbara
no desespero atira, e acerta Matheus que cai no chão ferido. Barbara tenta
fugir,Maciel atira na perna de Barbara.
Barbara
– Desgraçado! Desgraçado! Eu estou sangrando!
Victor
– Matheus, você? Porque? Você se dizia tão arrependido, falso!
Matheus
– Me desculpa, mano, eu...
Victor
– Cala a boca, seu falso!
Matheus
– Victor, antes de eu morrer, queria te dizer uma coisa.
Victor
– Não quero ouvir nada que venha de você!
Matheus
– Me escuta...você não cometeu Pecado nenhum amando a Renata.
Victor
– Não toque no nome da minha filha seu imundo! Se eu fiquei longe dela, todos
esse anos, foi por culpa sua e dessa Vadia da Barbara.
Matheus
– Me escuta...A Sofia, ou melhor a Renata, na verdade não é sua filha, e sim
minha filha, minha e da Carol.
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FIM DO
CAPITULO/CONTINUA...
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Escrita por: Daniel Durães
Diretor de Dramaturgia: Daniel Durães
Realização: Central AG de produção













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